Como seres humanos, nossa tendência é não querer correr riscos que possam comprometer nossa reputação ou estabilidade. Onde não há clareza ou espaço para diálogo, a tendência é o silêncio. E para que uma equipe possa se desenvolver e crescer, a comunicação é base. Isso porque ela nos ajuda a fincar os pés em espaços seguros, onde podemos ser escutados, acolhidos e tenhamos liberdade para apresentar ideias e resultados.Como seres humanos, nossa tendência é não querer correr riscos que possam comprometer nossa reputação ou estabilidade. Onde não há clareza ou espaço para diálogo, a tendência é o silêncio. E para que uma equipe possa se desenvolver e crescer, a comunicação é base. Isso porque ela nos ajuda a fincar os pés em espaços seguros, onde podemos ser escutados, acolhidos e tenhamos liberdade para apresentar ideias e resultados.

Um artigo publicado na revista Harvard Business Review pelos acadêmicos Constance Noonan Hadley, Mark Mortensen, and Amy C. Edmondson explica como os líderes podem criar esse espaço. “Líderes são dependentes da contribuição, das ideias, das perspectivas, dos talentos e dos insights de seus colaboradores. Ou seja, eles também precisam da segurança psicológica (coletiva) se desejam que a força de trabalho esteja presente e potente”.

PARA A LIDERANÇA: Antes de embarcar em uma ação de segurança psicológica na sua equipe, reserve um tempo para refletir sobre seus próprios medos e comportamentos. O quanto você fala? O quanto você se esconde nos processos? As respostas podem dar pistas sobre o clima de tolerância ao risco que você e seus colaboradores estão expostos. É importante lembrar que, se você descobrir que sua própria segurança psicológica — sua disposição para correr riscos — é baixa, é provável que sua equipe sinta da mesma forma.

Vamos passar por algumas maneiras de implementar um ambiente seguro para o diálogo dentro do seu local de trabalho, de acordo com os autores do artigo:

1. Esclareça os processos. Mostre a seus colaboradores por que cada uma de suas contribuições é necessária, não apenas em um futuro distante, mas hoje. As discussões em que você incentiva a fala não devem ser separadas das conversas sobre estratégia, marketing, operações, finanças etc. Na verdade, estabelecer a ligação entre essas atividades e falar abertamente é essencial para engajar. Seja explícito sobre essa lógica e repita-a com frequência.
2. Faça conversas bem direcionadas. Forneça aos funcionários orientações específicas sobre como se comunicar de forma eficaz. Faça perguntas diretas para motivar reflexões. Uma sugestão de prática é organizar reuniões individuais mensais com cada membro do seu time com apenas dois itens na pauta: “O que eu deveria saber agora mas não sei?” e “Como posso apoiar melhor sua tomada de decisão?” As conversas estruturadas não precisam ser complicadas, precisam ser claras e bem direcionadas para garantir que estejam ressoando.
3. Acabe com reforço negativo. Décadas de pesquisas em ciências sociais nos mostraram que as críticas ficam mais marcadas na memória dos colaboradores do que "os elogios". Especialmente quando falamos em reforçar comportamentos. Isso significa observar atentamente se você comunica de forma mais evidente erros do que acertos. Suas falas como líder têm um peso. É essencial ter consciência dos impactos de sua expressão e comportamento para transmitir abertura diante dos desafios.

Takeaways

• Para que resultados apareçam, uma equipe precisa se sentir bem e confortável para ter conversas difíceis.
• Um líder deve olhar e questionar seu próprio caminho antes de se comunicar.
• Transparência e o espaço aberto para diálogos é a chave para as conversas mais duras.
• Eliminar o reforço aos comportamentos ruins abrindo espaço para reforços positivos.
  

REDE DE SABEDORIA

Para os especialistas, um ambiente seguro e saudável para boa comunicação dentro das organizações se resume a quatro pontos: esclarecer a importância de falar sobre o que se vive, ser transparente sempre que possível e fazer convites para ampliar as trocas.